Profissionalização de educomunicadores já é realidade no Brasil
Acervo Gazeta do Povo |
Você sabe o que um(a) educomunicador(a) faz? Ao menos já ouviu a palavra educomunicação? Pode parecer algo complicado, mas não é. Educomunicação é uma espécie de “mistura” de comunicação e educação. É basicamente usar meios e princípios de comunicação, diálogo e construções coletivas como forma de contribuir com a educação, lembrando que a principal intenção é incentivar a reflexão e a participação dos envolvidos de forma mais ativa.
Ganhando espaço
As práticas de educomunicação vêm sendo cada vez mais valorizadas. Algumas universidades, por exemplo, já possuem cursos de bacharelado em Educomunicação, como é o caso da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) desde 2011; em 2012, a ECA/ USP passou a contar com opção de licenciatura (em que os formados são habilitados para dar aula sobre o assunto). A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, tem bacharelado em educomunicação desde 2010. Segundo informações publicadas no Guia do Estudante Abril , ambos os cursos contam com muitas disciplinas de Humanas, como teoria da comunicação, sociologia da comunicação, ação educomunicativa e também fundamentos da educomunicação.
Os profissionais da área normalmente trabalham em projetos de educação e mídia nas escolas. Mas também, como aponta cartilha do curso da USP, publicada no ano passado, podem trabalhar numa Secretaria de Governo, Organizações Não Governamentais (ONGs), empresas ou lecionar em escolas. Nos últimos anos, o(a) educomunicador(a) profissional tem ganhado mais visibilidade por conta de sua atuação em diversos espaços sociais. O programa federal “Mais Educação” do Ministério da Educação (MEC), por exemplo, tem feito com que escolas procurem educomunicadores(as) para atuar e contribuir em projetos que precisam ser desenvolvidos.
Faz bem para os(as) educandos(as), faz bem para a sociedade
Para Lucimeire Martins, educomunicadora da Ciranda – Central de Notícias da Infância e Adolescência e membro da Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom), a educomunicação é usada como ponte entre a juventude e outros atores da sociedade. “A proposta é utilizá-la para que meninos e meninas dialoguem com o poder público, com a comunidade em que vivem e com outros jovens”, comenta. Ela ressalta que educomunicação incentiva a ação de jovens em diversos temas da sociedade, como violência, direitos humanos, sustentabilidade, democracia e também a emancipação da juventude.
Uma cartilha de 2010, produzida pelo Projeto “Nossa Mídia”, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), explica que “a educomunicação é uma vertente da educação que compreende a necessidade de capacitação dos jovens para que tenham uma visão crítica dos meios de comunicação, entendendo a função social, política e cultural da mídia. Outro objetivo da educomunicação é capacitar a comunidade para que produza seus próprios veículos de comunicação, ou seja, educar pela comunicação e para a comunicação”.
Diz aí?
Você conhece algum(a) educomunicador(a) que faz a diferença na sua escola ou na sua comunidade? Conte pra gente no espaço dos comentários!
*Artigo escrito pela equipe da ONG Ciranda para o blog Educação & Mídia da Gazeta do Povo (http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/educacao-e-midia/profissionalizacao-de-educomunicadores-ja-e-realidade-no-brasil/)
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