Como será o jornal daqui a 50 anos? Confira palpite de crianças em concurso da 'Folhinha'
Como será o jornal daqui a 50 anos? Mais de 300 crianças de São Paulo, Rio, Alagoas, Minas e de outros Estados toparam o desafio e participaram do concurso de redações da "Folhinha" (Suplemento infantil do jornal Folha de S. Paulo).
As quatro vencedoras estão publicadas nestas páginas, e cada um de seus autores ganhará dez livros. Elas foram ilustradas por Laerte, Adão e Pedro C., que fazem os quadrinhos da "Folhinha", e por Andres Sandoval, ilustrador da coluna Cafuné.
Ryan, 10, ficou em primeiro lugar, e a escola municipal Dona Antonieta Dias de Souza (MG), onde estuda, receberá 50 livros. Com um texto curto, mas muito criativo, ele imaginou um jornal em formato de garrafa!
Leia a criação dele e dos outros vencedores.
NOTÍCIAS ENGARRAFADAS
Na minha imaginação, daqui a 50 anos o jornal será em formato de uma garrafa. E, para você ficar sabendo das notícias, basta beber as informações e ficar por dentro de tudo.
A garrafa se recarregará sozinha. Se você não quiser saber das notícias, aperte um botão que ficará do lado do bico. Assim, ela poderá ser usada para tomar água, suco, refrigerante e o que você desejar.
Ilustração Laerte | ||
RYAN DIAS SILVA, 10, estuda na escola municipal Dona Antonieta Dias de Souza, em Nova Lima (MG)_
CAIXA AZUL E SANDUBA 'ITUDO'
Domingo, ano de 2063, o robô-carteiro me dá uma caixa. É azul com detalhes que emitem energia. Pego a caixa e aperto um botão.
Aparece um holograma que, quando tocado, mostra o que aconteceu nos dias anteriores. O que é? O jornal da época futurística.
Contém cadernos e folhas holográficos, é sensível ao toque, como o iPad, na época já extinto.
Os maiores cadernos são os de tecnologia e de cultura. Não há mais histórias em quadrinhos, e sim vídeos. As notícias de esportes estão inovadoras após as estreias dos esportes Space Hóquei e Gravitationbol.
O caderno de política informa que a polícia foi eliminada, já que não há mais roubos ou assassinatos.
O caderno de tecnologia fala do iPhone 15, do iBook 8 e do iTudo, um sanduíche com chip, que faz com que você tenha a internet na mente ao comê-lo. Tem o caderno de carros, com a nova Ferrari voadora. O jornal é guardado em um chip. Para desligá-lo, aperte o botão azul. Se ficar curioso, espere 50 anos e veja essa maravilha. Até lá!
Ilustração Adão | ||
DIEGO GONÇALVES DE PAULA MOTA, 9, estuda no colégio Santa Maria, em São Paulo (SP)_
O DRIBLE DO RAIO-X NA ESCOLA
Imagino que, no futuro, o jornal vai estar na sua mente; você vai pedir para aparecer a notícia e um aparelho irá transmiti-la ao seu cérebro.
Para evitar que as crianças entrem na escola e comecem a ouvir o jogo de futebol, elas terão que passar por uma máquina do tipo raio-X, para ver se estão com o jornal eletrônico.
Poderíamos imaginar a seguinte história: Certa vez, um menino chamado Michel ganhou um jornal de presente e queria levá-lo à escola, mas não sabia como fazer isso sem que ninguém descobrisse.
Percebeu que alguns alunos levavam o jornal escondido. Descobriu que as crianças de até cinco anos não tinham que passar pelo raio-X, e que alguns alunos mais velhos pediam para o irmão menor levar o jornal na mochila.
Michel era filho único e por isso começou a pedir para o irmão de seu amigo levar seu jornal.
Assim, ouvia o jornal durante as aulas e, no recreio, contava aos amigos. Todos adoravam ficar por dentro das últimas notícias!
Ilustração Pedro C. | ||
DAVID KOLAR, 9, estuda no colégio Iavne, em São Paulo (SP)_
REPÓRTER TELETRANSPORTADO
Oito horas após o amanhecer, o homem acorda, desce as escadas, senta-se em sua cadeira e toma o seu café. Sua mulher entrega-lhe uma placa fina, pequena, lisa, branca e leve, em cujo centro há um círculo como um olho. Aquele é o jornal.
Em um instante, do centro da placa sai um holograma com a forma de um jornal de papel. Rapidamente, o homem passa seus olhos atentos por fileiras de letras que se encolhem ou aumentam ao seu chamado. Após alguns minutos, o homem faz um suave movimento, virando a página do jornal holograma. Mal sabia ele como fora feito.
Dois dias antes, um jornalista havia se teletransportado para a Austrália para escrever sobre uma catástrofe com jatos particulares. Para isso, reviu em três dimensões a tragédia em um vídeo. Então, no seu português mais polido, descreveu o acontecimento. Assim também foram feitas todas as outras reportagens do mundo moderno, com assuntos inovadores e tecnologia.
Ilustração Andres Sandoval | ||
ISABELA PARIZOTTO CARAMICO e LÍVIA BETITO, 12, são alunas do colégio Bandeirantes, em São Paulo (SP)
Fonte: Folha de S. Paulo 07/09/2013
Comentários
Postar um comentário