Novo curso da USP forma profissional capaz de levar comunicação à escola
Novo curso de graduação da Universidade de São Paulo (USP), que faz parte do vestibular 2011, a licenciatura em educomunicação foi criada para formar profissionais capazes de levar as práticas comunicativas, como a criação de sites e a produção de programas de rádio e televisão, para dentro das escolas.
A ideia de oferecer o curso, que terá 30 vagas no período noturno e duração de 8 semestres, surgiu a partir de pesquisas desenvolvidas pela Escola de Comunicação e Artes (ECA). As disciplinas pedagógicas serão feitas na Faculdade de Educação.
O curso é a primeira licenciatura na área do Brasil. A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) oferece um bacharelado em educomunicação a partir deste semestre.
Segundo o chefe do Departamento de Comunicações e Artes da ECA e coordenador da implantação do curso na USP, Ismar de Oliveira Soares, a palavra educomunicação já era usada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para definir a educação para crítica de mídia. “Demos um novo sentido à palavra, que, para nós, é um conjunto de ações na interface entre educação e comunicação”, disse.
O profissional pode atuar na gestão da comunicação em espaços educativos, na expressão comunicativa através das artes, no uso e gestão do uso de tecnologias, como TV, rádio e internet, dentro da escola e em projetos do terceiro setor, que trabalham mídia e educação. Atualmente, as ONGs já promovem esse diálogo, segundo Soares.
De acordo com o coordenador, o formado em educomunicação poderá ainda lecionar comunicação para turmas do ensino médio, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases (LDB).
“Nesse momento, o MEC faz uma revisão do ensino médio devido à evasão dos estudantes, que muitas vezes é motivada pela falta de interesse. Um dos motivos disso é o conteúdo das aulas, que tem um ensino não adequado à realidade”, disse Soares.
A presença de um comunicador na escola deverá propiciar a aproximação desse espaço com o mundo da produção cultural e fará com que os estudantes se expressem melhor, na opinião de Soares.
Com relação aos equipamentos, o professor explica que já faz parte de projetos do governo federal equipar com rádio, TV e vídeo as escolas do país e que o educomunicador será o profissional preparado para trabalhar com esse material. “Será uma forma de transformar a escola em espaço de expressão, de ‘dizer o mundo’, como defendia o educador Paulo Freire”, disse Soares.
O professor afirma que, mais do que um computador por aluno, como quer o governo federal, é preciso haver um laboratório por escola. “Esse espaço pode ser usado coletivamente, de forma democrática. Fica mais barato e não é tão individualista”, afirmou.
Apesar de noturno, o curso exigirá dedicação do estudante durante o dia, principalmente em leitura e nas 420 horas de estágio exigidas, segundo Soares.
Fonte: G1/ Texto: Fernanda Nogueira - 03/08/2010
A ideia de oferecer o curso, que terá 30 vagas no período noturno e duração de 8 semestres, surgiu a partir de pesquisas desenvolvidas pela Escola de Comunicação e Artes (ECA). As disciplinas pedagógicas serão feitas na Faculdade de Educação.
O curso é a primeira licenciatura na área do Brasil. A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) oferece um bacharelado em educomunicação a partir deste semestre.
Segundo o chefe do Departamento de Comunicações e Artes da ECA e coordenador da implantação do curso na USP, Ismar de Oliveira Soares, a palavra educomunicação já era usada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para definir a educação para crítica de mídia. “Demos um novo sentido à palavra, que, para nós, é um conjunto de ações na interface entre educação e comunicação”, disse.
O profissional pode atuar na gestão da comunicação em espaços educativos, na expressão comunicativa através das artes, no uso e gestão do uso de tecnologias, como TV, rádio e internet, dentro da escola e em projetos do terceiro setor, que trabalham mídia e educação. Atualmente, as ONGs já promovem esse diálogo, segundo Soares.
De acordo com o coordenador, o formado em educomunicação poderá ainda lecionar comunicação para turmas do ensino médio, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases (LDB).
“Nesse momento, o MEC faz uma revisão do ensino médio devido à evasão dos estudantes, que muitas vezes é motivada pela falta de interesse. Um dos motivos disso é o conteúdo das aulas, que tem um ensino não adequado à realidade”, disse Soares.
A presença de um comunicador na escola deverá propiciar a aproximação desse espaço com o mundo da produção cultural e fará com que os estudantes se expressem melhor, na opinião de Soares.
Com relação aos equipamentos, o professor explica que já faz parte de projetos do governo federal equipar com rádio, TV e vídeo as escolas do país e que o educomunicador será o profissional preparado para trabalhar com esse material. “Será uma forma de transformar a escola em espaço de expressão, de ‘dizer o mundo’, como defendia o educador Paulo Freire”, disse Soares.
O professor afirma que, mais do que um computador por aluno, como quer o governo federal, é preciso haver um laboratório por escola. “Esse espaço pode ser usado coletivamente, de forma democrática. Fica mais barato e não é tão individualista”, afirmou.
Apesar de noturno, o curso exigirá dedicação do estudante durante o dia, principalmente em leitura e nas 420 horas de estágio exigidas, segundo Soares.
Fonte: G1/ Texto: Fernanda Nogueira - 03/08/2010
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