Designados os professores do 1º semestre da Licenciatura em Educomunicação da USP
Designados os professores do 1º semestre da Licenciatura em Educomunicação da USP, que começa em 2011.
O Conselho do Departamento de Comunicações e Artes designou, em sua reunião de 14 de junho, os professores que atenderão as disciplinas do primeiros semestre de 2010.
São eles os professores doutores:
Adilson Odair Citelli
Irene Machado
Ismar de Oliveira Soares
Maria Cristina Costa
Maria Cristina Mungioli
Maria Immacolata Vassalo de Lopes
Roseli Fígaro
Vinicius Romanini
O curso de licenciatura em Educomunicação decorre da demanda que emerge no contexto da Sociedade da Informação, no atendimento às necessidades do sistema educacional, das organizações da sociedade civil e das empresas que trabalham nas diferentes interfaces entre comunicação, tecnologias de informação e educação.
No caso, o novo projeto de formação universitária parte da contribuição das Ciências Humanas, especialmente dos campos da Comunicação e da Educação, bem como das práticas sociais relacionadas aos âmbitos da produção midiática, dos estudos da recepção, do uso social e pedagógico das tecnologias em processo de educação formal e não formal, no Brasil e na América Latina
Nesse contexto, o novo curso destina-se a preparar, simultaneamente, um professor de comunicação para a educação básica, especialmente o ensino médio e um consultor tanto para para o próprio sistema educacional, quanto para as organizações, veículos de comunicação e empresas envolvidas com o tema.
Enquanto professor, o educomunicador irá suprir a demanda criada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional quando, já nos meados da década de 90, introduziu a comunicação, suas tecnologias e linguagens como conteúdo e como suporte metodológico no ensino médio brasileiro.
A Licenciatura em Educomunicação terá a coordenação do Departamento de Comunicações e Artes da ECA/USP (com a participação de professores da Educação). Será oferecida no período noturno, com duração de oito semestres. Serão abertas anualmente 30 vagas, com ingresso através dos vestibulares coordenados pela FUVEST. A primeira turma iniciará seus estudos em fevereiro de 2011.
Perfil do novo profissional
O educomunicador será preparado para aproximar seu perfil ao de um gestor de comunicação no espaço educativo. Um profissional que conhece suficientemente, de um lado, as teorias e práticas da educação, e, de outro, os modelos e procedimentos que envolvem o mundo da produção midiática e do uso das tecnologias, de forma a exercer atividades de caráter transdisciplinar, tanto na docência quanto na coordenação de trabalhos de campo, na interface comunicação/educação.
Nos dois casos, espera-se deste profissional a habilidade para gestionar conflitos e a criatividade para encontrar soluções que melhorem os processos educativos, sejam os formais (escolares) quanto os não formais (desenvolvidos pelas organizações sociais) e, finalmente, os informais (implementados pelos meios de comunicação voltados para a educação e cultura).
Professor de Comunicação
O espaço de atuação de um professor licenciado para a área da comunicação passou a existir com a reformulação do ensino médio, no final dos anos 90, quando as normas que aplicaram a LDB passaram a sugerir que os currículos abandonassem a tradicional estrutura fragmentada de estudo, por disciplinas isoladas, e adotassem um visão mais interdisciplinar, a partir de áreas do conhecimento.
Uma dessas áreas direcionava-se às linguagens e suas tecnologias, incluindo as diferentes formas de comunicação e de expressão. No caso, praticamente um terço do ensino médio poderia voltar-sse tanto para a língua portuguesa e línguas estrangeiras quanto para todas as demais formas de expressão, incluindo aquelas possibilitadas pelos novos recursos da informação. No caso do ensino das línguas (portuguesa e estrangeiras) já existe a previsão de professor especialista. A Licenciatura em Educomunicação vem justamente suprir as necessidades do sistema de ensino no âmbito dos trabalhos relacionados às “demais formas de expressão”.
Atuação no Ensino Médio
Justamente neste momento, o MEC se mobiliza em torno de uma reforma do ensino médio que atenda as necessidades de formação do jovem brasileiro. Pesquisas apontam que apenas 13% dos estudantes que concluem o ensino médio passam ao ensino superior. No entanto, durante décadas, todos os estudantes, independentemente de seu destino após segundo grau, têm sido conduzidos a cumprir uma rotina de aprendizagem que, no imaginário dos jovens e de suas famílias, tem como meta dar respostas rápidas a certas a questões específicas de determinadas áreas do conhecimento propostas pelos exames vestibulares. Este modelo de vestibular, em vigência por décadas seguidas, acabou, em consequência, por naturalizar e legitimar a fragmentação do ensino em conteúdos estanques.
O que o governo pretende, hoje, é justamente promover uma mudança nessa mentalidade, favorecendo, em última instância, a busca por caminhos transdisciplinares, permitindo um contato mais íntimo com a cultura local e as diferentes formas de expressão, preparando os estudantes do ensino médio para um diálogo mais próximo com a empregabilidade e a prática da cidadania.
As experiências que vêm sendo promovidas, no Brasil, especialmente as que fazem uso das novas tecnologias, acabaram inspirando a nova proposta da ECA-USP, garantem que o perfil do educomunicador se ajusta à do profissional chamado a colaborar com este processo de mudança.
É preciso lembrar, ainda, que o potencial para atuação do novo licenciado existe independentemente da reforma pretendida. É preciso lembrar que o ensino médio integral, uma realidade em expansão, exige profissionais em condições de atender à diversidade de atividades requeridas. Nem mesmo deve ser esquecido o ensino médio profissionalizante que apresenta-se, hoje, como um espaço absolutamente aberto ao estudo e à prática da comunicação no espaço escolar.
Para mais informações: www.cca.eca.usp.br/educom
Fonte: ECA/USP
O Conselho do Departamento de Comunicações e Artes designou, em sua reunião de 14 de junho, os professores que atenderão as disciplinas do primeiros semestre de 2010.
São eles os professores doutores:
Adilson Odair Citelli
Irene Machado
Ismar de Oliveira Soares
Maria Cristina Costa
Maria Cristina Mungioli
Maria Immacolata Vassalo de Lopes
Roseli Fígaro
Vinicius Romanini
O curso de licenciatura em Educomunicação decorre da demanda que emerge no contexto da Sociedade da Informação, no atendimento às necessidades do sistema educacional, das organizações da sociedade civil e das empresas que trabalham nas diferentes interfaces entre comunicação, tecnologias de informação e educação.
No caso, o novo projeto de formação universitária parte da contribuição das Ciências Humanas, especialmente dos campos da Comunicação e da Educação, bem como das práticas sociais relacionadas aos âmbitos da produção midiática, dos estudos da recepção, do uso social e pedagógico das tecnologias em processo de educação formal e não formal, no Brasil e na América Latina
Nesse contexto, o novo curso destina-se a preparar, simultaneamente, um professor de comunicação para a educação básica, especialmente o ensino médio e um consultor tanto para para o próprio sistema educacional, quanto para as organizações, veículos de comunicação e empresas envolvidas com o tema.
Enquanto professor, o educomunicador irá suprir a demanda criada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional quando, já nos meados da década de 90, introduziu a comunicação, suas tecnologias e linguagens como conteúdo e como suporte metodológico no ensino médio brasileiro.
Enquanto consultor, o educomunicador poderá prestar serviços nos meios impressos, audiovisuais e digitais, assim como em projetos mantidos por organizações e empresas, voltados para a gestão da comunicação em espaços educativos ou em áreas de produção destinadas à educação.
Estrutura do cursoA Licenciatura em Educomunicação terá a coordenação do Departamento de Comunicações e Artes da ECA/USP (com a participação de professores da Educação). Será oferecida no período noturno, com duração de oito semestres. Serão abertas anualmente 30 vagas, com ingresso através dos vestibulares coordenados pela FUVEST. A primeira turma iniciará seus estudos em fevereiro de 2011.
Perfil do novo profissional
O educomunicador será preparado para aproximar seu perfil ao de um gestor de comunicação no espaço educativo. Um profissional que conhece suficientemente, de um lado, as teorias e práticas da educação, e, de outro, os modelos e procedimentos que envolvem o mundo da produção midiática e do uso das tecnologias, de forma a exercer atividades de caráter transdisciplinar, tanto na docência quanto na coordenação de trabalhos de campo, na interface comunicação/educação.
Nos dois casos, espera-se deste profissional a habilidade para gestionar conflitos e a criatividade para encontrar soluções que melhorem os processos educativos, sejam os formais (escolares) quanto os não formais (desenvolvidos pelas organizações sociais) e, finalmente, os informais (implementados pelos meios de comunicação voltados para a educação e cultura).
Professor de Comunicação
O espaço de atuação de um professor licenciado para a área da comunicação passou a existir com a reformulação do ensino médio, no final dos anos 90, quando as normas que aplicaram a LDB passaram a sugerir que os currículos abandonassem a tradicional estrutura fragmentada de estudo, por disciplinas isoladas, e adotassem um visão mais interdisciplinar, a partir de áreas do conhecimento.
Uma dessas áreas direcionava-se às linguagens e suas tecnologias, incluindo as diferentes formas de comunicação e de expressão. No caso, praticamente um terço do ensino médio poderia voltar-sse tanto para a língua portuguesa e línguas estrangeiras quanto para todas as demais formas de expressão, incluindo aquelas possibilitadas pelos novos recursos da informação. No caso do ensino das línguas (portuguesa e estrangeiras) já existe a previsão de professor especialista. A Licenciatura em Educomunicação vem justamente suprir as necessidades do sistema de ensino no âmbito dos trabalhos relacionados às “demais formas de expressão”.
Atuação no Ensino Médio
Justamente neste momento, o MEC se mobiliza em torno de uma reforma do ensino médio que atenda as necessidades de formação do jovem brasileiro. Pesquisas apontam que apenas 13% dos estudantes que concluem o ensino médio passam ao ensino superior. No entanto, durante décadas, todos os estudantes, independentemente de seu destino após segundo grau, têm sido conduzidos a cumprir uma rotina de aprendizagem que, no imaginário dos jovens e de suas famílias, tem como meta dar respostas rápidas a certas a questões específicas de determinadas áreas do conhecimento propostas pelos exames vestibulares. Este modelo de vestibular, em vigência por décadas seguidas, acabou, em consequência, por naturalizar e legitimar a fragmentação do ensino em conteúdos estanques.
O que o governo pretende, hoje, é justamente promover uma mudança nessa mentalidade, favorecendo, em última instância, a busca por caminhos transdisciplinares, permitindo um contato mais íntimo com a cultura local e as diferentes formas de expressão, preparando os estudantes do ensino médio para um diálogo mais próximo com a empregabilidade e a prática da cidadania.
As experiências que vêm sendo promovidas, no Brasil, especialmente as que fazem uso das novas tecnologias, acabaram inspirando a nova proposta da ECA-USP, garantem que o perfil do educomunicador se ajusta à do profissional chamado a colaborar com este processo de mudança.
É preciso lembrar, ainda, que o potencial para atuação do novo licenciado existe independentemente da reforma pretendida. É preciso lembrar que o ensino médio integral, uma realidade em expansão, exige profissionais em condições de atender à diversidade de atividades requeridas. Nem mesmo deve ser esquecido o ensino médio profissionalizante que apresenta-se, hoje, como um espaço absolutamente aberto ao estudo e à prática da comunicação no espaço escolar.
Para mais informações: www.cca.eca.usp.br/educom
Fonte: ECA/USP
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