Jornais sobreviverão às mídias digitais, afirmam debatedores
Dois convidados da Flip que atuaram como jornalistas -o historiador Robert Darnton, no "New York Times", e o editor da Penguin John Makinson, no "Financial Times"- mostraram-se preocupados com a situação dos jornais, mas acreditam que eles sobreviverão às novas mídias.
"Os jornais são diferentes dos livros digitais. Ver a primeira página do "Times" todas as manhãs é um mapa do que aconteceu ontem. Uma sensação de conhecimento do mundo que se perde no on-line" disse Darnton.
"O noticiário on-line se baseia na busca e não sei buscar o que não sei. A experiência como leitor é transitória. Mas os jornais encontrarão um modelo adequado para o digital", disse Makinson.
Os dois apontaram que as novas mídias digitais podem representar o fim da leitura contínua. "A experiência de uma leitura de ponta a ponta está se perdendo. Mas a relação interativa com o conteúdo de um livro é positiva", afirmou Makinson.
Darnton, que comanda as negociações com o Google para a digitalização do acervo de Harvard, fez restrições à proposta apresentada pelo site. "O Google se propôs a digitalizar de graça os 14 milhões de livros de Harvard, sem cobrar nada, em troca de vender cópias eletrônicas. Isto me parece inaceitável", disse. Ele acha mais razoável que o conteúdo fosse oferecido de graça, com patrocínio.
Fonte: Folha de São Paulo - 07/08/2010
"Os jornais são diferentes dos livros digitais. Ver a primeira página do "Times" todas as manhãs é um mapa do que aconteceu ontem. Uma sensação de conhecimento do mundo que se perde no on-line" disse Darnton.
"O noticiário on-line se baseia na busca e não sei buscar o que não sei. A experiência como leitor é transitória. Mas os jornais encontrarão um modelo adequado para o digital", disse Makinson.
Os dois apontaram que as novas mídias digitais podem representar o fim da leitura contínua. "A experiência de uma leitura de ponta a ponta está se perdendo. Mas a relação interativa com o conteúdo de um livro é positiva", afirmou Makinson.
Darnton, que comanda as negociações com o Google para a digitalização do acervo de Harvard, fez restrições à proposta apresentada pelo site. "O Google se propôs a digitalizar de graça os 14 milhões de livros de Harvard, sem cobrar nada, em troca de vender cópias eletrônicas. Isto me parece inaceitável", disse. Ele acha mais razoável que o conteúdo fosse oferecido de graça, com patrocínio.
Fonte: Folha de São Paulo - 07/08/2010
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