Educomunicadores: Sérgio Bairon e a Produção Partilhada do Conhecimento



Sérgio Bairon (frente) no curso Pedagogia Griô e Produção Partilhada do Conhecimento na USP, dezembro de 2012
Sérgio Bairon (frente) no curso Pedagogia Griô e Produção 
Partilhada do Conhecimento na USP, dezembro de 2012










A mudança propiciada no contexto das autorias múltiplas na produção partilhada do conhecimento, apresenta uma alternativa à assimetria tradicional das representações monológicas. No produto/hipermídia “Boé Ero Kurireu”, hibridizaram-se um documentário bororo e seus sensos críticos, uma pesquisa acadêmica e um conceito inerente ao processo. Essa forma reticular de produzir conhecimento questiona as estrutura rígidas e formais da produção do conhecimento científico, que elege as narrativas acadêmicas como o protagonista do Saber”, diz Bairon e Caio Lazaneo no artigo Produção Partilhada do Conhecimento: do filme à hipermídiaque merece leitura atenta dos acadêmicos.
A proposta de Sérgio Bairon, Livre Docente pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, onde exerce atividades docentes e de pesquisa na temática do Audiovisual e da Hipermídia, é fazer um outro tipo de etnografia, onde as comunidades pesquisadas são apoderadas como produtoras de mídia. O pesquisador deixa de ser um olhar invasor, para participar da atividades ensinado e criando junto. A comunidade pesquisada, seja uma tribo indígena, seja um grupo que preserva a tradição da Coração dos Reis Congo (veja um dos vídeos), ganha a oportunidade de divulgar de uma outra maneira seus conhecimentos.

Pela óbvia proximidade, o trabalho de Bairon o aproximou da Pedagogia Griô. Ele participou e participa da luta pela aprovação da Lei Griô.

Além da óbvia semelhança com alguns conceitos que vemos e defendemos na Educomunicação, Bairon por isso mesmo foi convidado em 2012 a dar aulas para os alunos do curso de Pós Graduação Lato-Sensu Especialização em Educomunicação, na disciplina Culturas Digitais e Educação. Esperamos que a turma da Licenciatura em Educomunicação, que mantêm este blog, também tenha esta oportunidade.

Para quem quer entender melhor o que é esta Produção Partilhada do Conhecimento, recomendo ouvir o próprio Bairon, nos dois podcasts publicados neste link.

No vídeo abaixo, o cineasta indígena Divino fala rapidamente sobre seu contato com o grupo de pesquisa CEDIPP, Centro de Comunicação Digital e Pesquisa Partilhada, e sobre a produção partilhada de conhecimento.


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