Alunos e professores se encontram na internet


Sites se especializam em oferecer venda e compra de aulas e cursos
"[A tradição é que] o conhecimento precisa de uma instituição para ser validado, mas estamos aprendendo o tempo todo com amigos, trabalhandoCamila haddadsócia do Cinese
A internet está se tornando uma grande plataforma para ajudar quem tem aulas a oferecer sobre os mais variados assuntos a encontrar alunos.
Há agora vários sites que atuam oferecendo a quem tem uma experiência para dividir, mesmo que sem formação específica na área, a opção de cadastrar a aula que tem para dar, informando a data, o local e o preço.
Os interessados fazem tanto a inscrição quanto o pagamento pela internet.
Entre os empreendedores da área, está Diego Alvarez, 29, sócio e fundador da empresa Easyaula.
Ele começou o site quando era estudante de engenharia da computação no ITA (Instituto de Tecnologia Aeronáutica). Na época, procurava alunos para dar aulas particulares, mas tinha dificuldade para encontrá-los.
O site oferece aulas de tecnologia, design, negócios e marketing. Para oferecer cursos no site, é preciso passar por uma curadoria que avalia a relevância do conteúdo e a sua originalidade, diz Alvarez.
Segundo ele, o modelo é interessante tanto para a pessoa que quer se qualificar como também para quem ensina, que consegue uma renda extra e divulga seu trabalho.
Um dos usuários da plataforma é Fábio Machado. 37. Ele conta que se descobriu professor quando trabalhava na área de comunicação de uma empresa e passou a realizar apresentações corporativas para os funcionários.
Agora atuando como freelancer de design, ele já ofereceu quatro aulas sobre apresentações corporativas. Diz que já conseguiu novos clientes entre seus alunos, além de complementar sua renda.
"Gosto do conceito de que todo mundo tem algo a ensinar. O profissional tem um valor de conhecimento muito importante em coisas práticas", afirma.
 EXPERIÊNCIAS
Se a Easyaula foi criada para suprir a necessidade de um professor, outras empresas apareceram por causa das necessidades de alunos.
São os casos da Cinese e da The Hop, de São Paulo, e da Nós.vc, de Florianópolis.
As empresas buscam se diferenciar do ensino tradicional até nos nomes usados: a figura do professor é substituída pelo "organizador" ou "revelador", e as aulas são chamadas de "encontros" ou "experiências".
As irmãs Camila e Anna Haddad, por exemplo, são sócias da Cinese. Camila diz que sempre se incomodou com a rigidez dos currículos escolares, que não estimula o desenvolvimento de conhecimento fora dos conteúdos tradicionais.
"O conhecimento precisa de uma instituição para ser validado, mas estamos aprendendo o tempo todo com amigos, trabalhando."
Entre os temas de cursos oferecidos pelo site, estão edição de livros, meditação, informática, degustação de charutos, preparo de drinques e até organização de malas.
Para garantir que qualquer experiência seja valorizada, decidiram que a empresa não faria uma curadoria para a seleção dos cursos. Qualquer pessoa pode se inscrever no site para dividir sua experiência em qualquer assunto, seja empreendedorismo, seja gastronomia, seja artes.
Fonte: Folha de S.Paulo/ Filipe Oliveira 22/07/2013

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